Décima letra do alfabeto português, sétima das consoantes (consoante oral palatal fricativa sonora).
LIVRO: Um J em MInha Vida
AUTOR: Ziraldo
Décima letra do alfabeto latino. Consoante (7ª) palatal fricativa sonora.
O menino Juca Júnior, também conhecido como Juninho, é obcecado pela letra inicial de seu próprio nome. Põe-se a fazer versos, no que é estimulado pela a mãe a reuní-los em um livro.
LIVRO: As Letras Falantes
AUTOR: Orígenes Lessa
Sua única aparição no livro dá-se no capítulo VIII, quando o F comenta com ele, maliciosamente, a semelhança entre o O e o Q.
Livro: Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres
Autora: Clarice Lispector
Jeanne D'Arc (Joana D'Arc), libertadora e heroína da França, canonizada pela Igreja Católica. Aqui figura como personagem do oratório Jeanne d'Arc au Bucher, de Paul Claudel, no trecho citado na epígrafe do romance.
LIVRO: Urupês
CONTO: Urupês
AUTOR: Monteiro Lobato
Caboclo, natural do Vale do Paraíba, onde Lobato possuía uma fazenda.
Em 1914 Monteiro Lobato publica um artigo no jornal O Estado de S. Paulo, que se tornou célebre. Nele esboça a figura do Jeca, caboclo descrito no conto "Velha Praga" como símbolo do atraso agrícola, econômico e cultural do país. Jeca é visto como "um parasita", "seminômade, inadaptável à civilização". O progresso chega em suas terras, mas ele vai "refulgindo em silêncio, com o seu cachorro, o pilão" e a espingarda "píca-pau" e "um isqueiro". Lobato afirma que "Jeca não é assim, ele está assim".
A imagem que celebrizou Jeca tatu é de um caipira sempre acocorado, de chapéu de palha, cachimbo na boca, barba por fazer, descalço e de aparência apática e doentia.
No conto "Urupês" Lobato passa a criticar os que endeusam a figura do caboclo, como no "bom selvagem" de Rousseau. Critica o "caboclismo", nova variação do "indianismo" do Romantismo Brasileiro. Os fatos históricos se sucedem: a Independência, a Abolição da Escravatura , a Proclamação da República e a Revolta da Armada, mas Jeca Tatu é indiferente a tudo isso;
"O caboclo continua de cócoras, a modorrar".
"Social, como individualmente, em todos os dias da vida, Jeca, antes de agir, acocora-se".
"Pober Jeca! Como és bonito no romance e feio na realidade!"
"Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço - e nisto vai longe".
Na conclusão do conto Lobato o comoara ao urupê, parasita da árvore;
"Só ele não fala, não canta, não ri, não ama..."
"Só ele, no meio de tanta vida, não vive..."
Colegio dos Jesuítas, em Olinda.
LIVRO: A Alma do Lázaro
AUTOR: José de Alencar
Educandário religioso fundado pela Companhia de Jesus na cidade de Olinda, Pernambuco. Fundado em 1551, como parte de um conjunto arquitetônico que incluía a Igreja de Nossa Senhora da Graça e o Seminário Maior de Nossa Senhora da Graça. O complexo foi destruído por um incêndio em 1631, e reconstruído entre 1661 e 1662.
Neste ponto da narrativa, o autor, estudante da academia de Olinda, busca a solidão e a contemplação noturna, em meio aos sítios históricos e ruínas de Olinda. Passa a relembrar os tempos áureos e históricos pelos quais passou a cidade, e agrupa o antigo colégio dos Jesuítas como um dos baluartes de resistência nas guerras da Invasão Holande
Livro: O Mal-Estar na Civilização
Autor: Sigmund Freud
Citado por Freud, quando este se refere à analogia entre o processo cultural e o desenvolvimento do indivíduo, como exemplo de pessoa maltratada em vida e eliminada pelos outros.
Livro: A Donzela de Orléans
Autor: Friedrich Schiller
Personagem histórica. Líder militar e religiosa, canonizada pela Igreja Católica. Jeanne D'Arc (1412-1431), conhecida como Joana D'Arc na tradução para o português, é a heroína nacional da França. Cognominada "a Donzela de Orléans", por ter liderado o exército de seu país contra os ingleses, na Guerra dos Cem Anos. Joana teria recebido visões de anjos que a teriam comissionado a comandar a França, a partir de sua cidade, Orléans. Foi capturada pelos próprios franceses, julgada e martirizada na fogueira, aos 19 anos.
Na peça de Schiller, escrita em 1801, ela tem um final de vida diferente: é perdoada de suas acusações de traição e heresia, e morre combatendo por seu povo.
Diversos outros autores utilizaram a figura de Joana D'Arc em seus escritos, como Bernard Shaw e Bertolt Brecht.
JOHN
LIVRO: Um Acidente e Outras Histórias
CONTO: A Aventura de Anthony Eastwood
AUTORA: Agatha Christie
Nome tipicamente britânico com que Anthony Eastwood, em busca de inspiração, procura criar um herói para sua história de detetive.
LIVRO: Os Bruzundangas
AUTOR: Lima Barrreto
Jean Joinville (1224-1317), cronista medieval francês. Citado por Lima Barreto na epígrafe que abre o livro.
O ator John Derek como Josué, no filme "Os Dez Mandamentos, de Cecil B. de Mille (1959)
LIVRO: Josué
AUTOR: Josué
General de guerra israelita, autor e personagem de seu próprio livro, a quem empresta o próprio nome, que significa, "Jeová é salvação".
SOB AS ORDENS DE MOISÉS
Descendia da tribo de Efraim, filho de Num. Notabilizou-se como braço direito e general de guerra sob as ordens de Moisés. Aparece pela primeira vez no relato bíblico, como comandante das forças de Israel contra Amaleque, em Refidim (Ex 17:9,10).
Josué destaca-se pela obediência e submissão a Moisés, recebendo encargos difíceis, e não comungando da rebeldia e idolatria do povo de Israel. Em Ex 24:13 é mencionado como "servidor" de Moisés, na segunda vez em que este sobe ao Monte Sinai. Em Ex 33: 11 é dito que "o moço Josué não se apartava da tenda", quando Moisés retornava ao arraial, após haver conversado com Deus na tenda.
Ao lado de Moisés Josué enfrentou graves crises e correu sério risco de vida, devido à rebeldia do povo. Em Ex 32: 17 é ele quem alerta Moisés para um "alarido de guerra" no arraial, ao descerem do Monte Sinai, no que Moisés lhe faz ver que o alarido na verdade é "alarido dos que cantam". É o episódio do bezerro de ouro.
No capitulo 11 do livro de Números ocorre um curioso episódio; Deus põe Moisés á prova , tirando deste o Seu Espítito e colocando-o sobre setenta anciãos, que profetizaram naquele momento. No final, apenas dois rapazes, Eldade e Medade, estavam profetizando no arraial. Alertado por outro rapaz, Josué interpela Moisés para que os proiba desta ação. Moisés, indignado, reclama dos ciúmes de Josué por ele.
A maior das crises enfrentada por Moisés e Josué foi o envio de doze homens à terra de Canaã, dentre eles Josué e Calebe, para avaliarem e prepararem o caminho para sua conquista (Nm 13, 14). Neste capítulo Josué, que se chamava Oséias, passa a ser chamado por Moisés com seu novo nome (Nm 13;16). Retornam os espias, amedrontados com o tamanho dos habitantes da terra (gigantes). transpirando poder e força, e suas cidades fortificadas. Passam a infamar a terra e o povo subleva-se contra Moisés e Arão, completamente descontrolado. Josué e Calebe tomam a iniciativa de pacificar o povo, fazendo ver as benesses da terra e incitando o povo a crer na promessa e na fortaleza de Deus. O povo procura apedrejá-los, até que a Glória do Senhor aparece na tenda da congregação. Deus , indignado, jura que nenhum dos homens que foram espiar a terra entrarão em Canaã, exceto Josué e Calebe (Números 14: 30, 38; Deuteronômio 1: 38 ).
O PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Após anunciar a Moisés a sua morte em breve, Deus atende à sua solicitação para que seja estabelecido um novo líder sobre Israel, que faça saídas e entradas diante do povo, e para que este não seja como "ovelhas que não têm pastor" (Números 27;17). Moisés apresenta Jsué diante de Eleazar, o sacerdote, que consulta Urim e Tumim. Moisés impõe as mãos sobre Josué e o investe de autoridade (Números 27:18-23). Após á vitória sobre os reis cananeus Seom e Ogue Moisés reforça a coragem de Josué no futuro comando do povo (Deuteronômio 3:21). Contudo, Moisés ainda implora a Deus que o deixe entrar em Canaã. Este, indignado, insiste em que Moisés anime e fortaleça a Josué como novo líder do povo, e que fará entrar Israel na terra prometida (Deuteronômio 3: 23-29). Por fim, chegados "os dias " de Moisés, este e Josué se apresentam na tenda da congregação, onde Deus dá as disposições finais a Moisés e ordena a Josué para que seja forte e corajoso (Deuteronômio 31:14-23). Morto Moisés, o povo reconhece a sabedoria de Josué e presta lealdade a este (Deuteronômio 34: 9).
DEPOIS DE MOISÉS - A CONQUIStA DE CANAÃ
O Livro de Josué abre com uma longa exortação de Deus para ele, como novo líder do povo de Deus para que este seja "forte e corajoso", tenha cuidado de guardar o livro da lei e não cesse de falar nele, prometendo a Israel uma vasta região a ser conquistada (Josué 1:1-9).
Como novo líder, a primeira providência de Josué é reunir os principes de Israel e pedir que preparem o povo para atravessar o rio Jordão. (Josué 1:10-18). valoendo-se de sua habilidade e experiência como espia, Josué recruta dois homens para que espiem a cidade. Os espias retornam e relatam as palavras de Raabe, a meretriz, que os escondeu em sua casa; esta afirmou que os moradores da terra estão desmaiados diante do povo de Israel. Com esta constatação inicia-se a travessia do Jordão de madrugada. Ao entrarem os sacerdotes com a arca da aliança nas águas do rio, dá-se o primeiro milagre mencionado no Livro de Josué: as águas das margens se levantam em grande altura, até que todo o povo passou (Josué 3).São tiradas doze pedras do leito do rio, referentes a cada tribo de Israel, para servir de memorial no futuro. (Josué 4).
No capítulo 5 Josué circuncida o povo, pois sua geração, nascida em plena travessia do deserto, ainda não havia passado por este rito. Celebra a páscoa em Gilgal. proximo à Jericó. (Josué 5:10-12). Josué recebe a visita de um guerreiro, que se revela um "príncipe do exército do Senhor" e que diz que Jericó já foi entregue nas mãos de Josué.
AS CONQUISTAS DE JOSUÉ
Durante sete dias o povo rodeia a cidade, com os sacerdotes à frente tocando as trombetas. No sétimo dia, rodeiam a cidade sete vezes e ocorre o segundo milagre do Livro de Josué; apenas com o grito dopovo as muralhas caem, e a cidade é tomada. Após a euforia da conquista surge a primeira grave crise sob o comando de Josué. Um homem chamado Acã desobedece a Deus e esconde em sua tenda despojos da guerra. Com isto os israelitas são fragorosamente derrotados na cidade de Ai. Josué, condoído, busca a Deus para entender o motivo da derrota e este sinaliza que há coisas condenadas no arraial. Acã é descoberto, e ele e sua família, e todos seus bens são apedrejados e queimados. (Josué 7).
Josué retorna para o campo de batalha e vence o rei de Ai. (Josué 8: 1-29) Alarmados com o crescente poderio de Israel, cinco reis frazem uma coligação para destruírem a cidade de Gibeom, por ter se aliado aos hebreus. . É quando ocorre o terceiro milagre mencionado no Livro de Josué; vindo para auxiliar os gibeonitas, este ordena ao sol e à lua que se detenham até que a batalha termine.
Josué prossegue em suas batalhas: após matar os cinco reis coligados (Josué 10;16-27), vence mais sete de outras nações(Josué 10:28-43)e diversos reis (JOsué 11). O capítulo 12 informa que o número de reis vencidos por Josué foi de 32.
Após á conquista de Canaã, Josué reparte a terra entre as tribos (Josué 13-22).
Vendo a terra pacificada, e já idoso, Josué reúne os principais de Israel e exorta-os a serem fiéis a Deus, cumprirem a lei, usarem de justiça e não descambarem para a idolatria. (josué 23). Despede-se do povo e renova a aliança (josué 24). Morre aos 110 anos e é sepultado em Timnate-Sera, que recebeu como herança.
Embora seu nome não seja diretamente mencionado, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus faz menção ao episódio da tomada de Jericó e da coragem de Raabe.